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O Currículo na Educação Infantil
O especialista em concursos educacionais.
Questões de Concursos

CURRÍCULO EM EDUCAÇÃO INFANTIL

Os conceitos de currículo e planejamentos são bastantes caros à educação. Currículo, em apertada síntese, é a sistematização dos conteúdos que serão ministrados aos discentes em sala de aula. Planejar é o ato de antever situações e/ou preparar-se para ela. O planejamento é, portanto, a maneira de organizar os conhecimentos e saberes contidos no currículo para ensiná-lo (compartilhá-lo) durante o processo de ensino-aprendizagem.

Na educação infantil, que até a década de 1980 era considerada como um processo de preparação para a escolarização, o currículo é diferenciado.Após a promulgação da Constituição Federal de 1988, a educação infantil passou a ser uma obrigação do Estado. Em seguida, em 1996, com a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB a educação infantil passou a integrar a educação básica do país.

No caminhar da história da educação infantil no Brasil, em 2006, através da modificação da LDB, antecipou-se o ensino fundamental para os 6 anos de idade. Destarte, a educação infantil contemplou somente às crianças de zero a 5 anos. No que pese a educação infantil ser um direito da criança desde a CF/88, passou a ser obrigatória para as crianças de 4 a 5 anos apenas a partir da Emenda Constitucional nº 59/2009. Dessa maneira, a educação básica passou a ser obrigatória para as pessoas de 4 a 17 anos. Essa obrigatoriedade de oferta de vagas pelo Estado foi regulada em 2013 através de alterações na LDB.

Após essa breve evolução da educação infantil no país, voltemos à ao currículo nessa área. Como se dá o currículo na educação infantil?

Nesse campo do saber, não há a inclusão de disciplinas específicas como matemática, biologia, como no ensino fundamental. O currículo é dividido em cinco campos de experiências. São eles: 1º) O eu, o outro e o nós; 2º) Corpo, gestos e movimentos ; 3º)Traços, sons, cores e formas ; 4º) Escuta, fala, pensamento e imaginação  ; 5º) Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.

O primeiro campo denominado “O eu, o outro e o nós” é definido pela Base Nacional Comum Curricular, como se segue.

O eu, o outro e o nós – É na interação com os pares e com adultos que as crianças vão constituindo um modo próprio de agir, sentir e pensar e vão descobrindo que existem outros modos de vida, pessoas diferentes, com outros pontos de vista (BNCC, 2018).”


O segundo campo de experiência, dentre os cinco mencionados, é “Corpo, gestos e movimentosque é conceituados assim: “Com o corpo (por meio dos sentidos, gestos, movimentos impulsivos ou intencionais, coordenados ou espontâneos), as crianças, desde cedo, exploram o mundo, o espaço e os objetos do seu entorno, estabelecem relações, expressam–se, brincam e produzem conhecimentos sobre si, sobre o outro, sobre o universo social e cultural, tornando-se, progressivamente, conscientes dessa corporeidade” (BNCC, 2018).

Nesse campo de experiência, o educador poderá trabalhar os diversos aspectos do desenvolvimento da criança o que incluir a coordenação motora, o equilíbrio, dentre outras habilidades.

No campo denominado “Traços, sons, cores e formas”, o qual é assim explicado: 

Traços, sons, cores e formas Conviver com diferentes manifestações artísticas, culturais e científicas, locais e universais, no cotidiano da instituição escolar, possibilita às crianças, por meio de experiências diversificadas, vivenciar diversas formas de expressão e linguagens, como as artes visuais (pintura, modelagem, colagem, fotografia etc.), a música, o teatro, a dança e o audiovisual, entre outras (BNCC, 2018).

Nesse campo do currículo da educação infantil, o educador pode trabalhar os mais diversos aspectos como fomentar a capacidade de criar desenhos, músicas ou quaisquer invenções que as crianças possam desejar desenvolver.

No quarto campo de experiências intitulado “Escuta, fala, pensamento e imaginação”, que é assim definido pelo documento:

Escuta, fala, pensamento e imaginação– Desde o nascimento, as crianças participam de situações comunicativas cotidianas com as pessoas com as quais interagem. As primeiras formas de interação do bebê são os movimentos do seu corpo, o olhar, a postura corporal, o sorriso, o choro e outros recursos vocais, que ganham sentido com a interpretação do outro ( BNCC, 2018).”

Nesse campo, dentre os vários aspectos, é possível se trabalhar a oralidade em que a criança pode ser estimulada a se comunicar através da comunicação oral. É bastante importante que o educador esteja atento às sensibilidades das crianças bem como às tentativas de intervenções realizadas pelas crianças no ambiente escolar.

O quinto e último campo de experiência é denominado “Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações” que é analisado pelo documento que estabelece a base comum curricular  da seguinte maneira:

Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações – As crianças vivem inseridas em espaços e tempos de diferentes dimensões, em um mundo constituído de fenômenos naturais  e socioculturais. Desde muito pequenas, elas procuram se situar em diversos espaços (rua, bairro, cidade etc.) e tempos (dia e noite;hoje, ontem e amanhã etc.) (BNCC, 2018).”

Nesse campo, na nossa avaliação, um dos mais amplos dentre os grandes campos da BNCC. Nesse aspecto, o educador pode estimular o conhecimento de noção de espaços (rua, cidade, Estado), tempo (dia, mês, ano), quantidades, dentre outros elementos considerados pertinentes. Isso sempre levando em conta o ambiente e o contexto em que a instituição e as crianças estão inseridas. As noções de tempo e quantidade, por exemplo, devem estar contextualizadas às atividades que as crianças estiverem desenvolvendo. 

Isso porque o currículo na educação infantil dá um norte para o educador, mas não é deve ser enxergado de forma rígida. Aliás, nenhum currículo deve ser avaliado dessa maneira. No entanto, o da área em comento, ainda é mais flexível, pois, deve-se levar em conta os campos de experiências os quais devem ser seguidos de acordo com a rotina da criança. 

Em suma, o currículo na educação infantil é formado através de campos de experiências. Não é ensinado conteúdos da maneira que são ministrados no Ensino Fundamental, pois, embora a educação infantil esteja integrada na educação básica, ela não tem finalidade de promoção, nem é enxergada como um processo de preparação para a etapa seguinte.

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CURRÍCULO EM EDUCAÇÃO INFANTIL

(No contexto da pandemia de COVI-19)

O ano de 2020 é um ano que ficará marcado na história mundial como o ano em que um vírus surgido em Huan, na China, deixou a comunidade internacional em polvorosa.  Em novembro de 2019, o vírus, que surgira na Ásia, ganhou o mundo e, em março de 2020, fez o Brasil decretar estado de calamidade pública.

O que veio depois disso, foi o fechamento do comércio, das repartições públicas, das escolas, dentre outras instituições. Após o primeiro susto, era necessário ter uma atitude proativa diante da situação. Sem puder estabelecer contatos físicos e com as instituições de ensino fechadas, restou a pergunta: o que fazer para continuar o ensino na educação infantil?

Diante dessas dificuldades, muitas escolas decidiram utilizar as ferramentas de tecnologia da informação, já bastante difundida no ensino superior com os adultos, na educação das crianças.

No setor público, o resultado é impreciso. No entanto, em parte das escolas privadas, os docentes utilizaram recursos de multimídia  através dos quais as aulas eram realizadas de forma síncrona (ao vivo). As crianças acompanhavam, sob orientação de adultos, as explanações dos docentes inclusive acompanhando as atividades pelos seus livros. 

A educação pública, que segue a sistemática dos campos de experiências, cujo público apresenta carências financeiras significativas não pôde acompanhar, de forma semelhante, as instituições privadas.

Diante disso, o que se pode inferir é que o uso dos recursos tecnológicos de multimídia são de extrema importância para a educação, inclusive para a educação infantil. Tais recursos já eram utilizados na educação, ainda que com menor ênfase pelos professores nas escolas em que se dispunha de acesso facilitado à tecnologia. A dita tecnologia, portanto, pode ser uma ferramenta de estímulo à leitura, à pesquisa e à aquisição de conhecimento.


SE LIGA, CAI NO CONCURSO ASSIM

( CEBRASPE/CESPE – 2017 – PROFESSOR)

O uso de multimídia educativa na educação infantil

a) deve ser evitado, por ser pouco eficaz para a aprendizagem de conteúdos para crianças dessa faixa etária.

b) é inadequado, pois as crianças não têm maturidade para manipular novas tecnologias.

c) contribui para a formação leitora das crianças.

d) deve ser evitado, porque dispersa a atenção das crianças.

e) depende de autorização das famílias das crianças.

Comentários:

Alternativa correta é letra C.

a) Alternativa falsa. Pelo contrário, o uso de multimídia educativa deve ser estimulado.

b) Alternativa falsa. As crianças podem ser orientadas a utilizarem as ferramentas de tecnologia da informação de forma adequada para ampliar o seu conhecimento.

c) Alternativa correta. O professor pode estimular a leitura através do uso de ferramentas de tecnologia como exemplo, solicitando a leitura de um livro digital.

d) Alterativa falsa. Nem sempre o uso de tecnologias pode dispersar a atenção das crianças. O professor pode utilizar o interesse delas pela tecnologia em favor de sua aula e das próprias crianças. Como? Propondo tarefas que possam ser realizadas através do uso dessas tecnologias.

e) Alternativa falsa.O uso da tecnologia pode não depender da autorização das famílias. Pouco provável que os pais exijam autorização para que o professor possa indicar para seus filhos a leitura de um livro digital através de um tablet da escola, por exemplo.

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