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TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS - Espaço Pedagógico

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 Tendências Pedagógicas para Concursos públicos?

 

 

 

As tendências pedagógicas são concepções filosóficas educacionais que buscam explicar como os ensinamentos são compartilhados entre professor e aprendiz. Elas surgem de acordo com o momento histórico em que estão inseridas. Possui relação direta com os aspectos sociais, econômicos e políticos em evidência no momento em que são concebidas.

Vale lembrar também que elas não são excludentes podendo se complementar e se assemelhar uma com outras, conforme estudamos em nosso Curso Conhecimentos Pedagógicos Para Concursos. Na verdade, como todo conhecimento humano, o indivíduo se fundamenta em saberes já construídos para fundamentar a própria teoria a ser desenvolvida, seja para concordar, discordar ou fazer uma espécie de revisão entre duas teorias aparentemente contraditórias. Isso faz com que surjam as semelhanças entre elas.

No âmbito pedagógico, existe a chamada ideologia oficial a qual apresenta uma linha de pensamento do fazer pedagógico, que representa invariavelmente a ideologia do governo daquele momento histórico.

Aos docentes cabe, nos tempos atuais, utilizar de mecanismos pedagógicos e da liberdade de cátedra para se desvencilhar da orientação pedagógica oficial, se tal orientação oficial não for adequada para a sociedade e se assim o professor julgar razoável.

Existem vários tipos de tendências pedagógicas variando de autores para autores. No entanto, podemos traçar algumas conceituações gerais a fim de facilitar o entendimento do tema no que concerne a concursos públicos. Nesse sentido, podemos dividir as tendências pedagógicas em dois grandes grupos: liberal e progressista. Essa é a divisão realizada por Carlos Libâneo (1985), a qual é bastante recorrente nas questões dos certames públicos. 

A liberal compreende a Tradicional, Renovada progressivista, Renovada não-diretiva, Tecnicista. No tocante à progressista, ela é constituída de três outras, que são: Libertadora, Libertária e Crítico Social dos conteúdos. De forma didática, fazemos uma síntese do que acabamos de mencionar. 

Pedagogia Liberal

A tendência liberal ou pedagogia liberal está vinculada a um ensino que busca adaptar os alunos às necessidades da sociedade capitalista. Esse tipo de pedagogia não está relacionada, como poderíamos pensar, a um tipo de ensino de natureza democrática ou avançada no sentido de transformação social. É liberal no sentido meramente econômico, isto é, forma os futuros cidadãos de acordo com os ideais do modelo de produção vigente, que é o capitalista.

 

Tendência liberal tradicional

Nessa tendência, o aprendizado é visto como uma tarefa de memorização. O aluno deve ficar quieto e prestar atenção no que o docente fala, pois, isso facilita a fixação dos conteúdos transmitidos. O professor é o protagonista central do processo de ensino-aprendizagem.

 

Tendência Liberal Renovada Progressivista

 

Nessa tendência, o principal nome John Dewey (1859-1952) que defendeu uma  educação através da ação. Nesse sentido, essa tendência privilegia-se o entendimento de discente como um elemento ativo e curioso.

 

No que se refere ao relacionamento professor-aluno, não existem privilégios para a posição do professor, ao contrário disso, a função deles seria auxiliar os discentes em seu desenvolvimento.

 

Tendência Liberal Não Diretiva

 

Nessa tendência, a instituição escolar tem a atribuição de ter um papel de formadora de atitudes direcionando a sua preocupação, em especial, mais para parte psicológica do que com o aspecto social e pedagógico.

 

Nesse sentido, o esforço é dirigido a criar uma adequação entre o indivíduo e o ambiente. Na verdade, o indivíduo é requisitado a se adaptar às requisições do ambiente.

 

Tendência Liberal Tecnicista

 

Nessa tendência, o aluno é enxergado sob uma óptica passiva, isto é, ele visto como um indivíduo que apenas recebe o conhecimento. Essa absorção de conhecimentos ocorre por associações dos alunos.

 

Nesse caso, o professor é considerado um especialista, detentor do conhecimento. Além disso, sua prática docente é rigidamente controlada. Esse controle tem como objetivo articular a formação dos cidadãos e os interesses do mercado produtivo. 

 

PEDAGOGIA PROGRESSISTA

 

A nomenclatura progressista é um termo cunhado por Georges Snyders (1917-2011) que é utilizada neste contexto para indicar as tendências que possuem caráter crítico da realidade política e social da educação.

 

Em outras palavras, essas tendências pedagógicas buscam, em certa medida, criticar a realidade a fim de poder transformá-la. A ideia é que os estudantes com a tomada de consciência da realidade em que estão inseridos possam mudar suas atitudes no sentido de alterar a sociedade.

 

Tendência Progressista Libertadora

 

O principal autor dessa tendência é Paulo Freire (1921-1997) que em diversos países, especialmente no Chile, bem como em outros países, especialmente do continente africano.

 

A tendência progressista libertadora possui como marca a chamada “educação não-formal”. Nesse sentido, Freire inclusive reconhece as limitações de aplicação no ambiente institucional como fruto de adoção oficial, mas indica que ela pode ser utilizada pela sociedade enquanto mecanismo de conscientização política.

 

Tendência Progressista Libertária

 

 Essa tendência pedagógica deseja que a educação promova uma transformação libertadora na vida dos alunos. Nesse sentido ela prima que eles se transforme no aspecto libertário e autogestionário.

 

A ideia central é que a escola através de alterações nos níveis institucionais nos níveis iniciais ou subalternos promovam uma transformação maior. Dizendo de outro modo, a escola promove algumas transformações institucionais nos níveis mais baixo, de modo que os alunos, por sua vez, observando tais alterações e aprendendo com elas, poderá levar tais transformações para outras instituições fora do ambiente escolar.

 

Tendência Progressista Crítico Social dos Conteúdos

 

A escola é concebida como tendo o papel de difundir de conteúdos, sendo esta tarefa essencial. Tais conteúdos devem estar ligado à realidade social, especialmente, focando em um conteúdo vivo, concreto.

Nesse sentido, a escola deve ser enxergada como um mecanismo de difusão de saberes, ao ponto em que através da educação oferecida aos alunos podem contribuir para a mitigação da desigualdade no acesso à educação, tornando-a mais democrática.

 

 

REFERÊNCIAS

LIBÂNEO,J. C. Democratização da escola pública:a pedagogia crítico-social dos conteúdos. 8. ed. São Paulo:

Loyola,1989. 

TREVISAN, Rosana(Coordenadora).Espistemologia. Editora Melhoramentos Ltda.ISBN: 978-85-06-04024-9. Disponível em :
<https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/epistemologia/>
Acesso em: 03 mar 2022.